Subsídio Lição 3: Missões Transculturais no Antigo Testamento

O amor de Deus para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que militam pela salvação das almas perdidas.

SÚBSIDOS

10/12/202313 min read


TEXTO ÁUREO

Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.(Is 49.6).

VERDADE PRÁTICA

O amor de Deus para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que militam pela salvação das almas perdidas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Is 42.5-7; 43.10-13

Os israelitas como servos e testemunhas de Deus

Terça — Ez 22.1-5

Os desvios, a desobediência, idolatrias e pecados morais dos israelitas

Quarta — Jo 4.42

Jesus: De Israel como o Salvador do Mundo

Quinta — Is 45.6,22; 49.6; 52.10

Profecias de restauração que incluem as nações entre os redimidos

Sexta — 1Rs 17.8,9,23,24

Deus em busca de uma pessoa estrangeira por intermédio do profeta Elias

Sábado — Jn 1.1,2

Deus em busca de uma nação por intermédio do profeta Jonas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 17.8,9,17-22; Jonas 1.1,2.

1 Reis 17

8 — Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:

9 — Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.

17 — E, depois destas coisas, sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, da dona da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou.

18 — Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?

19 — E ele lhe disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama.

20 — E clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor, meu Deus, também até a esta viúva, com quem eu moro, afligiste, matando-lhe seu filho?

21 — Então, se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele.

22 — E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.

Jonas 1

1 — E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:

2 — Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.

HINOS SUGERIDOS

97, 266 e 449 da Harpa Cristã.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos o propósito de estudar a perspectiva da Missão no Antigo Testamento. Para isso, temos como elementos importantes a nação de Israel e o amor de Deus manifestado à mulher estrangeira, a viúva de Sarepta, que Elias encontrou e o chamado de Deus a Jonas para ir à Nínive. Assim, podemos ver evidências no Antigo Testamento que se tornarão muito claras no Novo a respeito da obra missionária.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Identificar Israel como um povo escolhido para um propósito missionário; II) Demonstrar o amor de Deus para com outras nações; III) Relacionar as alianças de Deus com a humanidade no Antigo Testamento.

B) Motivação: A perspectiva global de salvação está presente em todo o Antigo Testamento. Essa perspectiva não é periférica, mas intencional. Mesmo no Antigo Testamento, Deus já intencionava salvar outros povos. Esse propósito é compreendido a partir da vocação de Israel para ser um povo que revelasse o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.

C) Sugestão de Método: Chegamos a terceira lição. É muito importante fazer uma revisão do que já estudamos nas duas lições anteriores. Lembre-se que revisar é uma lei preciosa do ensino. O aluno precisa perceber com clareza o desenvolvimento do assunto ao longo do trimestre. Lembre-se de que na primeira lição abordamos o conceito de Grande Comissão e de Missões Transculturais, bem como uma visão global do Evangelho; na segunda lição, estudamos a natureza missionária de Deus, seu amor e sua implicação transcultural de sua missão. Assim, nesta lição vamos estudar, de maneira específica, a natureza missionária de Deus no Antigo Testamento.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: O Senhor Jesus é a verdadeira interpretação do Antigo Testamento, de modo que em sua vida e ministério podemos perceber o cumprimento do plano de Salvação projetado por Deus desde o início do Antigo Testamento (Gn 3.15).

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Força Moral e Religiosa da religião nacional de Israel”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito missão de Israel como testemunha da revelação de Deus ao mundo; 2) O texto “O Concerto de Deus com os Israelitas”, ao final do tópico três, amplia a reflexão a respeito das alianças de Deus com os israelitas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, vimos a natureza missionária de Deus por meio de sua relação com Abraão. Esta lição tem o propósito de considerar a nação de Israel como um povo escolhido, com um propósito missionário, e tomar como exemplo desse movimento missionário as narrativas bíblicas sobre Elias e a viúva de Sarepta, e a ida do profeta Jonas a Nínive e, finalmente, analisar as alianças de Deus com a humanidade a partir da nação de Israel, no Antigo Testamento. Contudo, o conceito de “missão”, da forma como o conhecemos hoje, não aparece com clareza no Antigo Testamento em relação à nação de Israel como povo escolhido de Deus.

Palavras-Chave:

ANTIGO TESTAMENTO

I. ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

1. O plano de Deus. O Senhor nosso Deus planejou, desde os tempos antigos, que o testemunho de Jesus Cristo fosse proclamado a todos os habitantes da Terra (Gn 12.3; cf. Mt 24.14; 28.18-20). Ou seja, a vontade divina era que todos os moradores da terra tivessem conhecimento a respeito da pessoa de Jesus. Nesse sentido, o meio planejado por Deus para o mundo conhecer o seu Filho passava por uma nação. O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser testemunhas de Deus (Is 42.5-7; 43.10-13).

2. A falha de Israel. Os israelitas se contaminaram com as religiões pagãs dos povos vizinhos, além de se preocuparem muito com a identidade racial e nacional, deixando de lado a vocação de ser testemunhas para Deus. Nesse aspecto, são muitos os relatos bíblicos que dão conta dos desvios dos israelitas, da sua desobediência, idolatrias e pecados morais que relativizaram a aliança com Deus (Ez 22.1-5). Entretanto, em meio a tudo isso, Israel não deixou de ser bênção para outras nações.

3. A contribuição de Israel para o mundo. Apesar de suas falhas, Deus tornou Israel uma bênção para as nações. Por exemplo, os judeus receberam e preservaram o Antigo Testamento, o traduziram em grego, a língua mais usada naquele período; além de escribas judeus manterem viva a ideia de que um dia os povos e as nações ouviriam a Palavra de Deus e responderiam a ela. Nesse sentido, Jesus Cristo, a Palavra encarnada, veio de Israel como o Salvador do Mundo (Jo 4.42).

SINOPSE I

Embora Israel tenha falhado em sua missão, a nação contribuiu na revelação do plano de Deus ao mundo.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO

“A FORÇA MORAL E RELIGIOSA DA RELIGIÃO NACIONAL DE ISRAEL

A contracultura e o idealismo mencionados acima não foram assumidos abertamente e cumpridos superficialmente. Eles necessitaram de fundações profundas e seguras, convicções firmes, persuasões divinamente trabalhadas e uma coragem e lealdade que não hesitavam diante do perigo, da crítica, animosidade, ou do sofrimento. Nada disso falta na sociedade de crentes do Antigo Testamento — pelo menos não nos advogados e líderes responsáveis.

[…] Deus revelou-se a Israel através de várias promessas incondicionais que nem o tempo nem as circunstâncias mudam. Sua real realização pode ser interrompida e adiada, mas as promessas são permanentes devido ao caráter imutável e fidelidade moral de Deus. Seu divino ‘Eu irei’ é sua garantia. As promessas são asseguradas a um povo que tem fé. Deus permanece o Deus da promessa de Israel. Essas promessas sagradas conferem tremendas responsabilidades a esse povo. Realmente, a ideia da promessa é tão importante e dinâmica que se torna fundamental na interpretação da organização do Antigo Testamento. Deus e Israel estão unidos irrevogavelmente em uma relação de promessa. Deus é o Deus de Israel; Israel é o povo de Deus” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.120,121).

II. O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES

1. Os olhos de Deus sobre todos os povos. Johannes Blauw, erudito em Missiologia, que escreveu sobre os fundamentos do Antigo Testamento para Missões, afirma que desde o início Deus mantinha seus olhos em todas as nações e povos. Podemos perceber isso nos capítulos 40 a 55 do livro do profeta Isaías, na ida do profeta Elias a Serepta e no livro do profeta Jonas. Nos livros proféticos encontramos profecias de restauração, incluindo um dia futuro no qual as nações estarão entre os redimidos (Is 45.6,22; 49.6; 52.10). Portanto, a preocupação de Deus para com as nações é clara no Antigo Testamento.

2. A viúva de Sarepta e o profeta Elias. Sarepta é uma antiga cidade fenícia, localizada próxima ao sul de Sidom. Quando Elias profetizou a grande seca que haveria na terra e castigaria Israel, Deus o enviou justamente à cidade de Sarepta, à casa de uma viúva que era muito pobre. Quando Elias chegou, ela estava preparando a última comida que tinha em casa, já convencida de que ela e seu filho morreriam logo depois. Mas, quando a viúva obedeceu à palavra de Elias, foi abençoada com o milagre da botija (a multiplicação da farinha e do azeite). Em seguida, o filho dela adoeceu e morreu. Nesse momento, Elias fez uma coisa maravilhosa que ela nunca esperaria. Pelo poder de Deus, o profeta ressuscitou o menino e o restaurou à vida. A mãe do menino falou: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (1Rs 17.24). Dessa forma, Deus se tornou conhecido de uma estrangeira.

3. A missão de Jonas em Nínive. Jonas foi um dos poucos missionários bíblicos para os estrangeiros. Não é por acaso que o tema do seu livro é “a misericórdia de Deus para com todos os homens” (Jn 1.2; 3.2; 4.4-11). Mesmo não tendo um conhecimento mais claro sobre de que maneira Israel deveria abençoar as nações, Jonas recebeu a ordem específica de ir a Nínive para advertir aquele povo sobre o juízo divino que estava prestes a se abater sobre os ninivitas, como consequência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral (Na 1.11; 2.12,13; 3.1,4,16,19). A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), ao comentar o capítulo 3 do livro, destaca ter sido um dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, quando o rei conclama a todos ao jejum e à oração e, por isso, o juízo não recaiu sobre eles. Como a cidade não foi condenada, em razão do arrependimento do povo, o profeta ficou profundamente indignado. Todavia, o Senhor o fez ver que Ele ama a humanidade toda (Jn 4.11).

SINOPSE II

Por meio do relato da viúva de Sarepta e de Jonas em Nínive, podemos testemunhar o amor de Deus pelas nações no Antigo Testamento.

III. ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

1. Alianças de Deus. Com a queda do homem, toda a criação ficou sujeita ao pecado (Gn 3.1-6; Rm 8.20). Entretanto, Deus providenciou meios para redimir a humanidade e restaurar a comunhão perdida (1Pe 1.19,20). Assim, Ele estabeleceu algumas alianças com o homem a fim de tornar conhecida a sua glória entre as nações e receber delas a legítima adoração. Por isso, há na Bíblia alianças denominadas condicionais e incondicionais entre Deus e a humanidade.

2. Aliança incondicional e condicional. A Aliança Incondicional é uma disposição soberana de Deus, mediante a qual Ele estabelece um contrato incondicional ou declarativo com o homem, obrigando-se em graça, por um juramento irrestrito, a conceder, de sua própria iniciativa, bênçãos para aqueles com quem compactua (Gn 12.1-4). A Aliança Condicional é uma proposta de Deus, em que, num contrato condicional e mútuo com o ser humano, segundo condições preestabelecidas, Ele promete conceder bênçãos especiais ao indivíduo, desde que este cumpra perfeitamente certas condições, bem como executar punições precisas em caso de não cumprimento (Dt 28). Assim, por meio de suas alianças, Deus firmou um compromisso com o rei Davi de alcance mundial, que resultou no advento do Senhor Jesus como Salvador, enviado por Deus ao mundo (Gl 4.4).

SINOPSE III

Há alianças condicionais e incondicionais na Bíblia que tornam conhecida a glória de Deus entre as nações.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS

UM CONCERTO É DEFINIDO. Um concerto é um acordo formal e obrigatório ou uma promessa entre duas partes. É como um contrato, mas, enquanto o contrato é um acordo legal que envolve termos específicos e requisitos, um concerto é um ‘acordo de vida’ em que as partes se comprometem uma com a outra. O casamento é uma forma de concerto. No caso do concerto de Deus com o seu povo, Ele promete ser o seu Deus, e eles prometem se reservar como o povo de Deus. O concerto se baseia nas leis e promessas de Deus para o povo e na fidelidade e obediência do povo a Deus. Enquanto os israelitas permanecessem em seu acordo de vida com Deus, teriam um relacionamento especial com Ele e teriam a vida e o propósito que Deus tencionava para eles.

[…] (6) Por meio do seu concerto com os israelitas, Deus desejava que as outras nações reconhecessem os benefícios de seguir o único Deus verdadeiro, e desejassem fazer parte da sua comunidade de fé (veja Dt 4.6, nota). No futuro, por meio do Redentor prometido (isto é, o Salvador, Cristo) Deus convidaria as nações do mundo para também aceitar essas promessas. Nesse sentido, o concerto tinha uma ênfase missionária” (Bíblia de Estudo Pentecostal, Edição Global. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.349,350).

CONCLUSÃO

Vimos que o plano de Deus abrange toda a humanidade. Seu alvo é revelar a sua glória a todos os povos. Por diversas vezes, Israel foi advertido pelos profetas para não guardar a mensagem de salvação somente para si, mas proclamá-la “entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas” (Sl 96.3). Essa é uma raiz muito importante do Antigo Testamento para entender as missões no Novo, tema da próxima lição.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Para que Deus chamou o povo de Israel?

O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser servos e testemunhas de Deus (Is 42.5-7; 43.10-13).

2. Em que Deus tornou Israel diante de outras nações?

Deus tornou Israel uma bênção para as nações.

3. Quais os dois exemplos bíblicos, de acordo com a lição, que mostram Deus interessado em pessoas e nações estrangeiras?

O relato da viúva de Sarepta e o de Jonas em Nínive.

4. O que são as alianças incondicional e condicional?

A aliança incondicional é a disposição soberana de Deus em estabelecer um contrato incondicional ou declarativa e irrestrita pela sua própria iniciativa; a aliança condicional é um contrato condicional e mútuo com o ser humano.

5. O que Deus estabeleceu com o homem e qual foi o propósito disso?

Por meio de suas alianças, Deus firmou um compromisso com o rei Davi de alcance mundial, que resultou no advento do Senhor Jesus como Salvador.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

Prezado(a) professor(a), nesta lição, veremos que Deus escolheu a nação de Israel com um propósito missionário. O plano de reconciliação entre o Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus era que Seu povo O divulgasse às demais nações. No decorrer da história, percebemos que essa missão não foi acolhida pelos israelitas, haja vista as muitas vezes que o Senhor os repreendeu para que não se contaminassem com as religiões pagãs que habitavam ao seu redor.

Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel — a majestosa libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante a ocupação da Terra Prometida — marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus havia estabelecido (Êx 19.5,6). Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro (Jr 25.8-12). Nesse período, o Reino do Sul, responsável por manter o concerto divino, foi devastado. Todavia, o propósito divino ficaria firme por meio do remanescente fiel.

Segundo George W. Peters (Teologia Bíblica de Missões, CPAD), “dentre todas as religiões, a religião revelada do Antigo Testamento constitui a missão de Deus no mundo pelo menos de quatro maneiras: 1. Ela é uma ação divina, expressando desaprovação das religiões etnicamente desenvolvidas e humanamente criadas, e das práticas pagãs do mundo. Ela está designada a preservar o mundo da suprema decadência moral e religiosa e de um total vazio espiritual. É a testemunha constante de Deus no mundo (At 14.17); 2. É um monoteísmo étnico, divinamente inspirado, que preserva o homem da desorientação total no panteísmo, na idolatria e no espiritismo. O monoteísmo étnico por si só pode conferir significado ao universo, à história e particularmente à cruz, assim como profundidade ao evangelho da graça; 3. E a criação de Deus para sustentar a esperança divinamente inspirada no Redentor prometido (Gn 3.15), que salvaria a humanidade da condição do pecado e destruição e restauraria sua glória, seu propósito e significado originais; 4. É o chamado divino de uma minoria seletiva usada como instrumento capaz de gerar um ímpeto eficaz missionário na humanidade, almejando bênçãos e salvação para toda a humanidade” (p.108).

Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus não pode ser estabelecido de forma superficial e inconsistente.